FTSpar e Deme Concessions arrematam canal de acesso ao Porto de Paranaguá em leilão na Bolsa de Valores

O Consórcio Canal da Galheta Dragagem, formado pela FTSpar pelo grupo Belga Deme, venceu, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o leilão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá – o segundo maior porto público do Brasil – com um lance de 276 milhões de reais. Nos próximos cinco anos, fica com a iniciativa privada o dever de investir mais de R$ 1,2 bilhão de reais em melhorias como sinalização, dragagem e aumento do calado, que é a distância entre o ponto mais profundo da embarcação e a superfície da água. O consórcio será responsável por garantir o aumento da profundidade atual que é de 13,3 metros para15,5 metros. Isso vai permitir que navios maiores acesso o porto.

FTSpar e Deme Concessions
Fotos: Andre e Deme

“Essa conquista de um canal de acesso para a iniciativa privada é uma conquista que beneficia a todos. Operadores, importadores, exportadores e sobretudo o Brasil. O Porto de Paranaguá já é reconhecido como o mais eficiente do país e agora vai continuar sendo o mais eficiente. E a gente vai trabalhar bastante para isso, com toda certeza. E com mais eficiência, com mais capacidade e com mais recursos, o Paraná se consolida como um dos grandes, se não como o maior protagonista da infraestrutura nacional”, diz Andre Maragliano, CEO da FTSpar.

A área arrendada tem 34,5 quilômetros. O trecho aquaviário vai da ilha do mel até Antonina, no litoral do Paraná, e contrato vale por vinte e cinco anos. O chamado canal de acesso é a rota que permite a entrada e a saída das embarcações. O Porto de Paranaguá é o maior corredor de exportação de proteína animal do Brasil e um dos principais portos graneleiros do mundo.

A iniciativa foi liderada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). A expansão do canal deve aumentar a capacidade operacional do Porto de Paranaguá que é uma das principais rotas de exportação da América Latina.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, atualmente, passam pelo Porto de Paranaguá, em média, dois mil e seiscentos navios ao ano. A nova concessão deve elevar a eficiência operacional e o protagonismo do Porto no comércio internacional.

A iniciativa é inédita e o plano é aplicar este modelo de leilão em outros canais de acesso do país como o de Santos, no litoral paulista, e o de Itajaí, em Santa Catarina.

Sobre a FTSpar

A FTSpar é uma holding que controla empresas especializadas em soluções logísticas integradas e que têm expertise no atendimento de clientes de ponta a ponta, seja no agenciamento marítimo, nas operações portuárias, na armazenagem, no envase de produtos, transporte rodoviário e pátios para caminhões.

A FTSpar iniciou as atividades em 1987, por meio da empresa Fortesolo, em Paranaguá, no litoral do Paraná. Hoje, o grupo está presente em diversas regiões do Brasil como São Paulo, Vitória, Rio Grande do Sul e Maranhão.

A Portos do Paraná atualizou, nesta terça-feira (29), a Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina. O principal ajuste foi no aumento do calado operacional do Porto de Antonina. Com berços, bacia de evolução e canal de acesso dragados, o ganho foi de 0,5 metro.

O calado é a profundidade em que as embarcações podem ficar submersas na água, quando carregadas. Com a alteração, essa medida passa de 8,5 metros para 9 metros, em Antonina. Assim, os navios podem entrar ou sair mais carregados, o que garante mais atratividade para o Porto de Antonina.

“Por contrato, é nossa reponsabilidade manter o canal de acesso e bacia de evolução do Porto de Antonina dragados e adequado às dimensões. Esses 9 metros são mais um avanço que conquistamos em parceria com a Praticagem, as empresas de rebocadores e a Marinha do Brasil”, explica o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Segundo ele, o ganho representa, diretamente, mais carga e menor custo para os usuários do Porto de Antonina. “Estamos desenvolvendo, cada vez mais, não apenas Paranaguá, mas também Antonina, garantindo melhores condições e mais oportunidades de negócios”, completa.

Nos dois berços de Antonina, onde opera a empresa arrendatária Porto Ponta do Félix, podem atracar navios de 200 metros de comprimento (LOA) e 34 metros de largura (boca).

“O aumento do calado representa, pelo menos, 4 mil toneladas a mais em cada navio”, afirma Gilberto Birkhan, presidente do Porto Ponta do Félix. “Isso tem um impacto enorme na arrecadação do município, geração de mais renda e trabalho dentro da atividade portuária e chega até o setor produtivo”, completa.

DRAGAGEM – Como explica o diretor de Engenharia da Portos do Paraná, Victor Kengo, a aprovação do novo calado para o Porto de Antonina é resultado da última campanha de dragagem, aliado ao estudo da Praticagem sobre as condições de maré.

A atividade integra a atual fase do Programa de Dragagem de Manutenção, que começou em 2019, aprovado pelo Iibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Em junho, concluímos com êxito a dragagem de manutenção do acesso à Antonina. Em conformidade com a nova norma estabelecida, que governa as manobras com calado de nove metros, torna-se obrigatório que os navios fundeiem até obterem condições adequadas de corrente, vento e maré para as manobras de atracação”, afirma o diretor. Ele ressalta ainda que a empresa arrendatária assume a responsabilidade pela dragagem dos berços.

Como explica Kengo, concluídas as atividades de dragagem, a autoridade portuária submete o pleito à autoridade marítima – Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos do Paraná (CCPR) –, que analisa o mérito, podendo pedir auxílio à Praticagem local.

Quando o pedido é acatado, a CPPR concede anuência e, a partir dessa, a autoridade portuária emite uma O.S/Portaria fazendo valer as medidas. Esta última saiu com a Portaria número 238-2023.

O açúcar produzido em São Paulo tem como destino à Venezuela

O Porto de Antonina, localizado no Litoral do Paraná, acaba de concluir, nesta segunda-feira (14), a primeira exportação de açúcar a granel já realizada no terminal.

Ao todo,foram exportadas 16 mil toneladas de açúcar VHP produzido no estado de São Paulo com destino à Venezuela. A produtividade no carregamento do navio Irvine Bay – foi de um 457 toneladas/ hora e aproximadamente 11 mil toneladas/dia.

O açúcar VHP (Very High Polarization) é o açúcar bruto, menos úmido e ainda com a camada de mel que cobre o cristal do açúcar, por isso sua cor assemelha-se a do mel. O açúcar VHP é usado como matéria-prima para o tipo refinado que é conhecido e comercializado em supermercados em todo o mundo.

De acordo com o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, a operação superou as metas de produtividade. “Mais uma carga para o portfólio do Porto Ponta do Félix, reforçando o seu diferencial como terminal para cargas customizadas no Brasil”, afirma o presidente.

Operação diferenciada e mercado

O Diretor Presidente da ED&F MAN Brasil, responsável pela carga, Rodrigo Ostanello, elogiou a operação realizada pelo terminal paranaense. “A operação foi cheia de desafios, surpreendente e muito positiva”, avalia. Segundo ele, outros navios estão previstos para ainda este ano.

Entre as principais vantagens de operar pelo Porto Ponta do Félix, em Antonina, se destaca o tempo de operação. “Não há fila de atracação, diferentemente dos demais portos que estão sobrecarregados com filas médias de 15 dias e sem espaço adicional para o volume nominal disponível para exportação”, ressalta.

“Nossa previsão para produção de açúcar no CS Brasil da safra 2023/24 é de aproximadamente 39 milhões de toneladas. Deste total produzido, cerca de 10 milhões de toneladas são para consumo localmente e o saldo, cerca de 5 milhões de toneladas de açúcar ensacado e 24 milhões de toneladas de açúcar a granel, destinados para exportação”, afirma Ostanello, ressaltando ainda a expectativa de produção adicional de 3,2 milhões de toneladas de produção de açúcar no NE Brasil.

Brasil reivindica volta como maior produtor global

Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam que a produção de cana-de-açúcar na safra 2023/24 deverá crescer 4,4% em relação ao ciclo 2022/23, uma estimativa de 637,1 milhões de toneladas. O incremento é influenciado tanto pelo melhor rendimento das lavouras como pela maior área destinada ao cultivo da cultura. Para área, a estatal espera que sejam destinados 8,4 milhões de hectares de cana para a colheita, com um rendimento médio de 75.751 quilos por hectare.

Ainda de acordo com a Conab, no Sudeste, principal região produtora, o volume colhido deverá aumentar em 4,4%, quando se compara à safra 2022/23, podendo chegar a 404,71 milhões de toneladas. Destaque para São Paulo, onde as lavouras tendem a apresentar melhora na produtividade de 2,9%, e Minas Gerais, estado em que é esperado não só a melhora no rendimento do campo, mas também ampliação na área destinada para a cultura.

Com tamanha produção de açúcar, o Brasil deverá reivindicar de volta a sua condição de maior produtor global, que chegou a estar com os indianos após uma quebra de safra histórica em 2021/22.

“A grande vantagem da indústria brasileira é de se adaptar ao preço do produto final, graças ao modelo de combustão veicular (carros flex). A safra 2021/22 foi muito difícil em termos de volume total de cana disponível, mas o principal fator para alterarmos a posição de maior produtor de açúcar mundial com a Índia se deve ao fato de termos a habilidade para mudarmos o mix de produção entre açúcar e etanol”, afirma Ostanello.

Principais destinos

Ostanello explica que as principais regiões deficitárias de açúcar no mundo são a África e Mediterrâneo & Far East. “Porém são dois mercados bem distintos: o mercado africano consome praticamente açúcar ensacado, pronto para consumo humano. Já os demais mercados são formados principalmente por refinarias que irão receber açúcar a granel, impróprio para consumo, transformá-lo em açúcar refinado ou cristal e distribuí-lo para os mercados locais. Há outros destinos especiais, quando há acordos bi-laterais entre países, como no caso da Venezuela por exemplo”, finaliza.

Novos investimentos

Ao longo dos próximos meses, o Porto Ponta do Félix também contará com novos armazéns, que possibilitam o aumento de 85% da capacidade de armazenagem, passando de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas, de forma gradativa.

“O incremento da capacidade estática abre mercados em novos segmentos. Temos também no cronograma das operações, por exemplo, além da cabotagem de trigo, a importação de barrilha, que é um produto a base de sódio usado pela indústria para a produção de alimentos”, ressalta Birkhan.

Neste início de ano, o Porto também completou os investimentos em novas defensas marítimas, equipamentos que proporcionam mais segurança durante a atracação dos navios. As defensas servem para amortecer o impacto resultante do encontro entre um navio e a estrutura de atracação, reduzindo os riscos de avarias.

“Primamos pela segurança e, com relação às embarcações, não pode ser diferente. As melhorias devem atrair ainda mais navios para Antonina, por seguir rigorosamente os padrões de instalações portuárias seguras a nível mundial”, conclui Birkhan.

Porto Ponta do Félix

O Porto Ponta do Félix é uma empresa privada, concessionária do terminal portuário público multipropósito de Antonina – fundada em 1995.
A concessão se deu através de contrato de arrendamento outorgado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA.
Em 2000, foi inaugurado o cais de atracação e iniciou-se exportação de produtos refrigerados, produtos florestais e aço.
Em 2009, a FTS Par assumiu a gestão do Porto Ponta do Félix e iniciou uma nova fase nas diretrizes do contrato de arrendamento do Terminal Portuário, focado principalmente na conversão da vocação do terminal, antes predominantemente de carga refrigerada, para carga geral e a granel.

A movimentação de açúcar ensacado e carga geral contará com novos espaços para armazenagem no Porto de Paranaguá, litoral do Paraná. O Grupo FTSpar, presente  há mais de 35 anos no setor portuário,  passou a administrar uma área com 23 mil metros quadrados, sendo  5 mil metros quadrados de  área construída, com capacidade estática de 18 mil toneladas. 

“O armazém tem uma excelente localização na região portuária com acesso rodoviário e ferroviário. A estrutura fará parte das operações da FORTEPAR, terminal especializado na armazenagem e operação de carga geral e açúcar ensacado já em funcionamento no porto paranaense”, afirmou Valdecio Bombonatto, diretor-presidente do Grupo FTSpar.

Com o investimento de R$4 milhões, o complexo  FORTEPAR Filial Ayrton Senna passa por obras de reforma, ampliação e modernização. 

Contando com a estrutura do Porto Ponta do Félix em Antonina, também administrado pelo Grupo, o objetivo é chegar a 150 mil toneladas de capacidade estática.

”Desta capacidade estática total de 150.000 toneladas, temos 75.000 toneladas dentro de zona primária alfandegada e 75.000 toneladas em Recinto Alfandegado e Armazém Geral, para que as Usinas fora do estado do Paraná possam usufruir de seus regimes fiscais”, explica Bombonatto. 

O Grupo também investe em equipamento mecanizado de terra, guindaste móvel MHC – Mobile Harbor Crane,  para otimizar as operações e aumentar a produtividade diária de embarque. A FORTEPAR iniciou as atividades com recorde de produtividade no embarque de 25 mil toneladas de açúcar em sacas com destino ao Sul da África, entre os dias 03 e 10 de junho.

Nesta primeira operação, em apenas 12 horas foram carregadas 3.003 toneladas de açúcar ensacado, movimentação 70% maior do que a produtividade (prancha mínima) exigida pelo Porto, que é de 3.500 toneladas em 24 horas.

“Com os novos equipamentos contaremos com preferência de atracação para os navios junto a Autoridade Portuária”, lembra Bombonatto.

Escoamento do açúcar brasileiro

O Brasil está entre os maiores exportadores de açúcar do mundo, sendo responsável por mais de 45% do total do produto comercializado.

De acordo com a Confederação Nacional de Abastecimento (CONAB), a produção de cana-de-açúcar deve chegar a 637,1 milhões de toneladas no ciclo atual, 4,4% a mais que na safra 2022/2023. Parte desta carga passa pelo Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, segunda maior porta de saída do produto, ficando atrás apenas do Porto de Santos.

Para Pietro Costantino, diretor comercial da Timbro Trading, que deve movimentar cerca de 500 mil toneladas de açúcar ensacado na safra atual 2023/24, a armazenagem está entre as preocupações. Como o açúcar brasileiro se tornou competitivo, principalmente no Oeste Africano, a demanda veio mais forte do que nos anos anteriores e se tornou uma oportunidade para os players do mercado, porém virou um desafio o escoamento devido ao gargalo logístico em terminais. 

“Esta ampliação da capacidade estática  no Porto de Paranaguá é importante para garantir uma logística mais linear nos embarques de navios e não ficar vulnerável a problemas de transporte do interior para o porto”, lembrou Constantino. 

FORTEPAR

O contrato de arrendamento da área da FORTEPAR no Porto de Paranaguá, denominada PAR-32, foi arrematado pelo Grupo FTSpar, em leilão  realizado na B3, em São Paulo, em março de 2022 e o contrato foi formalizado no início deste ano.

A FORTEPAR é um terminal destinado à movimentação e armazenagem de carga geral, big bags e especialmente açúcar ensacado. A estrutura conta com uma área de 6.651m2 (seis mil, seiscentos e cinquenta e um metros quadrados). 

“Vamos atuar em operações de importação e exportação de longo curso e também de cabotagem”, disse Bombonatto.

A expectativa, apenas no que se refere às cargas de açúcar em saca e big bag, é movimentar 720 mil toneladas durante esta safra.

“A FORTEPAR é um operador importante no Centro Sul, nos portos de Paranaguá e Antonina, com bastante experiência, entendimento do negócio e visão estratégica. Deve oferecer soluções interessantes para viabilizar novas frentes de negócios e garantir uma melhor eficiência nos embarques”, disse Pietro Costantino, diretor comercial da Timbro Trading. 

 A Fortepar – terminal especializado na armazenagem e operação de cargas gerais e açúcar ensacado no Porto de Paranaguá – iniciou as atividades com recorde de produtividade, entre os dias 03 e 10 de junho.
Nesta primeira operação, em apenas 12 horas foram carregadas no navio Halit Yildirim,  3.003 toneladas de açúcar ensacado produzido em Presidente Prudente, interior paulista,  movimentação 70% maior do que a produtividade (prancha mínima) exigida pelo Porto, que é de 3.500 toneladas em 24 horas.  

O terminal, armazém 6AB dentro das instalações do porto paranaense,  embarcou  25 mil toneladas de açúcar em sacas para exportação, com destino ao Sul da África.

“Normalmente um embarque com esta quantidade é realizado em 10 dias, a Fortepar  realizou em 8 dias. Atuamos com eficiência e agilidade, buscando sempre os melhores resultados para os clientes”, afirmou Valdecio Bombonatto, diretor-presidente do Grupo FTS Par, que venceu a concessão do terminal.


Mercado Açúcar

O Brasil é o maior exportador mundial de açúcar. De acordo com dados do 1º Levantamento de Cana-de-Açúcar divulgado  pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de cana-de-açúcar na safra 2023/2024 deve crescer 4,4% em relação ao ciclo 2022/23, estimada em 637,1 milhões de toneladas.


Ainda segundo o levantamento da Conab, a fabricação de açúcar na região Centro-Sul deve chegar a 38,77 milhões de toneladas, sendo a segunda maior já registrada na série histórica, atrás apenas da temporada 2020/2021, que ficou em 41,25 milhões de toneladas.

Marcelo Alves, da empresa MPAX – Logística e Participações, responsável pelo comercial da operação,  explica que o momento é interessante para o açúcar ensacado.
“No mercado mundial, o Brasil é o maior exportador, seguido de Índia e Tailândia. Esses dois países, nos últimos anos, apresentaram uma menor oferta de açúcar para exportação. O Brasil vem preenchendo a lacuna e ganhando mercado.”

Com menos produto no mercado o preço tende  a subir. Desde 2020, o preço da saca do açúcar dobrou. “Em 2023, o açúcar atingiu o maior patamar de preço desde 2012. Hoje sem imposto o açúcar está custando cerca de R$147 a saca de 50 quilos. O mercado do açúcar no Brasil deve estar aquecido pelo menos até 2025”, conclui Marcelo.
 

Fortepar 

O contrato de arrendamento da área da Fortepar no Porto de Paranaguá, denominada  PAR 32, foi arrematado pelo Grupo FTS Par,  que atua há mais de 35 anos no setor portuário. 

O leilão, promovido pela empresa pública Portos do Paraná, foi realizado na B3, em São Paulo, em março de 2022 e o contrato foi formalizado no início deste ano.

A Fortepar  é um terminal  destinado à movimentação e armazenagem de carga geral, big bags e especialmente açúcar ensacado. A estrutura conta com uma área de 6.651m2(seis mil, seiscentos e cinquenta e um metros quadrados). Com os investimentos em reformas e ampliações, que estão sendo realizados pela nova concessionária, a capacidade estática de armazenagem será de 150.000 toneladas.

“Estaremos atuando em operações de importação e exportação de longo curso e também de cabotagem, entre portos brasileiros”, disse Bombonatto.


A expectativa, apenas no que se refere às cargas de  açúcar em saca e big bag, é movimentar 720 mil toneladas durante esta safra.

Os transportadores rodoviários  contam  com uma nova alternativa para realizar a classificação dos grãos destinados à exportação, no Porto de Paranaguá, litoral do Paraná. A FastFrete, primeira empresa de classificação privada do Brasil, passa a oferecer o serviço em parceria com o grupo Bureau Veritas, referência mundial no setor. 

A estrutura tem capacidade para receber 500 caminhões, aumentando o  número de cotas distribuídas para os terminais enviarem caminhões ao porto.

Segundo a diretora da FastFrete,  Lígia Bombonatto, o serviço soma com o que já é realizado pela empresa pública Portos do Paraná. “Essa classificação é para terminais privados,  tendo como objetivo oferecer às empresas uma opção a mais para seus veículos, ampliando  o sistema logístico. Somos um pátio alternativo e assim conseguimos disponibilizar mais cotas para os exportadores que, muitas  vezes, têm um valor de frete bom e não conseguem descer para o Porto porque não tem cotas disponíveis”, destaca Lígia.

Classificação dos grãos 

A classificação é um processo  de controle de qualidade das cargas de grãos destinadas à exportação. “É uma forma de evitar fraudes e também a exportação de produtos fora do padrão de qualidade ou contendo impurezas, por exemplo”, explica Lígia.  

A coleta de amostras é realizada na carroceria do caminhão e encaminhada para análise, antes do grão  ser armazenado nos terminais ou encaminhado para os navios. 

O material é analisado pelo Grupo Bureau Veritas, que também é responsável pelo trabalho no pátio de triagem administrado pela Portos do Paraná. 

Aumento na demanda

O Porto de Paranaguá registra, ano a ano, o aumento do fluxo de veículos e o crescimento das exportações. De acordo com a  Portos do Paraná, apenas em janeiro de 2023, 1.240.560 toneladas de granéis sólidos vegetais foram carregadas pelo Corredor Leste do Porto de Paranaguá (Corex), volume 12,88% maior que o registrado no mesmo período de 2022(1.099.044 toneladas).

A maior movimentação  também impactou no pátio de triagem do porto paranaense. Desde 2016, o local não recebia tantos caminhões em janeiro. Neste ano, 29.639 veículos chegaram para descarregar soja, milho e farelo de soja. O recorde para o mês na ocupação de vagas do local, registrado há sete anos, foi de 30.064 caminhões. O número de 2023 é quase 15% maior que o registrado em 2022, quando foram 25.819 transportadores recebidos.

Outras vantagens 

No pátio de classificação da FastFrete também estarão disponíveis outros serviços ofertados pela empresa , especializada na cotação e na gestão de frete rodoviário e que também possui um pátio de caminhões.

Por meio da plataforma inteligente da FastFrete , que conecta embarcadores, transportadoras e caminhoneiros autônomos, o motorista  descarrega e já pode negociar carga para retornar. “O motorista que vai classificar já pode oferecer carga retorno, via aplicativo FastFrete,  onde as transportadoras divulgam suas cargas na região, e já fechar a carga para retornar”, lembra Lígia.

Na FastFrete Park o  motorista também conta com estacionamento para aguardar os resultados da análise da classificação dos grãos e local para descanso.

Em Paranaguá,  a FastFrete administra  um pátio com infraestrutura completa para os caminhoneiros, com barbearia, lavanderia, área de conveniência e espaço kids. O local é certificado pelo Ministério dos Transportes como um Ponto de Parada e Descanso (PPD), sendo reconhecido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) como um ambiente de descanso adequado para caminhoneiros, atendendo requisitos importantes em segurança, sanitários e conforto.

A FastFrete – empresa do Grupo FTS Par – arrematou nesta quarta-feira (08 de março) a área destinada à implantação do pátio de estacionamento e triagem de caminhões no Porto de Vila do Conde, município de Barcarena, Estado do Pará. 

“O valor de outorga ofertado foi  de R$6 milhões para o contrato com prazo inicial de 20 anos de duração”, informa o diretor institucional do Grupo FTS Par, Alex D’Avilla.

A área denominada 35 tem extensão de 47.549 m². Além de administrar o pátio, a FastFrete oferecerá a estrutura de vagas para atender os caminhões e serviços para os usuários, como limpeza de carroceria, classificação, local para refeição e banheiros. A carência para início do pagamento da concessão é de 18 meses, considerando a fase de implantação do empreendimento.

A diretora da FastFrete, Lígia Bombonatto, destaca que com o novo contrato  a empresa expande a atuação para outras regiões do Brasil. “Nós temos experiência neste setor adquirida no Porto de Paranaguá, no Paraná. Agora, vamos expandir a oferta dos nossos serviços com esta nova área no Porto de Vila do Conde,  e na sequência para outras regiões portuárias do Brasil”, destaca Lígia.

Em Paranaguá,  a empresa administra  um pátio com infraestrutura completa para os caminhoneiros, com barbearia, lavanderia, clínica odontológica, área de conveniência e espaço kids. O local é certificado pelo Ministério dos Transportes como um Ponto de Parada e Descanso (PPD), sendo reconhecido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) como um ambiente de descanso adequado para caminhoneiros, atendendo requisitos importantes em segurança, sanitários e conforto.

Mais sobre a FastFrete

A FastFrete também atua em todo país na área de logística com uma plataforma inteligente na gestão  e cotação de frete rodoviário, fazendo a ponte entre todos os envolvidos no processo de entrega da mercadoria.

O interessado cadastra a carga para cotação de frete e recebe os orçamentos, escolhendo assim a melhor proposta.  “A plataforma inteligente conecta a carga com as transportadoras e caminhoneiros autônomos, conforme a necessidade e tamanho do lote.  Desta forma, a cotação do frete fica mais barata e rápida. Bom para os embarcadores e bom para os transportadores”, explica Lígia Bombonatto.

A plataforma ainda conta com a funcionalidade de agendamento de cargas e um sistema próprio para o pátio de caminhões. Um dos mentores da plataforma, o empresário do ramo de logística portuária, Valdécio Bombonatto, lembra que a solução tecnológica, além de transparência e agilidade, possibilita o aproveitamento do frete de retorno. “Durante todo o processo é possível rastrear a carga, sendo uma  ótima opção para o transporte de carga a granel, e frete de retorno”, reforça Valdécio.

Segurança

Além da praticidade, economia e agilidade, a FastFrete apresenta a opção de acompanhamento de todos os lances em tempo real, informações sobre a quantidade de cargas aprovadas fretadas por transportadoras e o custo de frete. “A conexão direta, em tempo real,  entre quem precisa embarcar a produção e as transportadoras e caminhoneiros autônomos de todo país facilita todo o processo”, conclui Lígia.

O Grupo FTS Par arrematou o contrato de arrendamento da área portuária denominada PAR 50 no Porto de Paranaguá, com valor de outorga ofertado de R$1 milhão.  O leilão, promovido pela empresa pública Portos do Paraná, foi realizado na B3, em São Paulo, nesta sexta-feira (24).

O contrato terá 25 anos de duração e prevê investimentos de R$338,2 milhões ao longo do período. A área, no lado oeste do cais do porto, tem 85 mil m² e é destinada à movimentação de granéis líquidos.

A FTS Par atua há mais de 35 anos no setor portuário, na movimentação de granéis sólidos e carga geral. Segundo o diretor institucional do Grupo, Alex Ávila, com este investimento o objetivo é oferecer novos serviços aos clientes. “O grupo busca diversificar as atividades, aumentando o portfólio de serviços,   acompanhando sempre o desenvolvimento do mercado”, destacou Alex.

O secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos,  Roberto Gusmão, destacou que acredita neste modelo com a participação da iniciativa privada nos portos brasileiros. “Nós entendemos que uma autoridade portuária forte tem condição de fazer o seu papel de agente de desenvolvimento do estado e ao mesmo tempo atrair a iniciativa privada,  dando segurança jurídica ao investidor”, ressaltou Gusmão.

O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, lembrou que, desde 2019,  a empresa que administra os Portos de Paranaguá e Antonina trabalha no arrendamento de áreas portuárias. “Para que a iniciativa privada com sua agilidade e competência possa desenvolver, da melhor maneira possível, as operações portuárias. Este é o caminho.”

Em março de 2022, a FTS Par já havia conquistado o terminal PAR 32 dedicado à carga geral.

Mais sobre a FTS Par

 A FTS Par, grupo paranaense especializado em infraestrutura e logística, trabalha com serviços para viabilizar o comércio exterior.

As empresas do Grupo são:

  • Porto Ponta do Félix, em Antonina, litoral do Paraná.
  • Fortesolo – empresa especializada no desembarque e armazenagem de fertilizantes no Porto de Paranaguá.
  • Terminal Oeste de Exportação – TOEX – em fase final de construção vai operar no complexo Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, oferecendo serviços de recepção, armazenagem e expedição de granéis sólidos de origem vegetal.
  • Fortepar – terminal de embarque de açúcar ensacado e carga geral em Paranaguá.
  • Fortenave – atua no mercado de agenciamento marítimo. 
  • FastFrete – plataforma inteligente de cotação e gestão de frete rodoviário.

O  Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, litoral do Paraná, concluiu nesta quarta-feira (08) uma operação inédita: a sua primeira navegação por cabotagem  para a expedição do transporte de trigo.  O cereal –  produzido no Paraná e comercializado pela Coamo Agroindustrial Cooperativa – tem como destino os moinhos do Ceará. No total, foram embarcadas 15 mil toneladas do produto. 

A cabotagem é uma modalidade de transporte marítimo que acontece pela costa litorânea,  de um porto a outro dentro do próprio país. 

Segundo o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, a operação abre espaço para o aumento na movimentação de grãos e cereais pelo terminal.  “A navegação de cabotagem ainda é pouco explorada no Brasil, e é uma forma de movimentar as riquezas produzidas pelo agronegócio pelo transporte marítimo. Esta é uma ótima opção quando a distância entre a origem e o destino ultrapassa 1500 quilômetros”, explica Birkhan.

Navegação de cabotagem 

Até o ano passado, a modalidade era realizada apenas por navios de bandeira brasileira. A Lei da Cabotagem derrubou esta exigência e liberou progressivamente o uso de navios estrangeiros no país. “As novas regras devem estimular a navegação na costa brasileira, elevando a oferta de embarcações e reduzindo os custos do setor”, destaca Birkhan. 

Para realizar a operação, o Porto Ponta do Félix possui a liberação, emitida pelo governo federal, para operar mercadorias em tráfego de cabotagem. 

Neste ano, o Porto Ponta do Félix prevê aumentar em 65% a movimentação de cargas.  O terminal é multipropósito, com capacidade para movimentar e armazenar diferentes tipos de cargas, como fertilizantes, açúcar ensacado,  sal, malte, trigo, pellet de madeira e alimentos. “Investimos cada vez mais na customização do serviço, para atender a demanda dos clientes e assim aumentamos também a diversidade dos itens movimentados”, afirma o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan.

Novos investimentos 

Ao longo dos próximos meses, o Porto Ponta do Félix também contará com novos armazéns, que possibilitam o aumento de 85% da capacidade de armazenagem, passando de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas, de forma gradativa.

“O incremento da capacidade estática abre mercados em novos segmentos. Temos também no cronograma das operações, por exemplo,  além da cabotagem de trigo, a importação de barrilha, que é um produto a base de sódio usado pela indústria para a produção de alimentos”, ressalta Birkhan. 

Neste início de ano, o Porto também completou os investimentos em novas defensas marítimas, equipamentos que proporcionam mais segurança durante a atracação dos navios. As defensas servem para amortecer o impacto resultante do encontro entre um navio e a estrutura de atracação, reduzindo os riscos de avarias.

“Primamos pela segurança e, com relação às embarcações, não pode ser diferente. As melhorias devem atrair ainda mais navios para Antonina, por seguir rigorosamente os padrões de instalações portuárias seguras a nível mundial”, finaliza Birkhan.

Porto Ponta do Félix

O Porto Ponta do Félix é uma empresa privada, concessionária do terminal portuário público multipropósito de Antonina – fundada em 1995.

A concessão se deu através de contrato de arrendamento outorgado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA.

Em 2000, foi inaugurado o cais de atracação e iniciou-se exportação de produtos refrigerados, produtos florestais e aço.

Em 2009,  a FTS Par assumiu a gestão do Porto Ponta do Félix e iniciou uma nova fase nas diretrizes do contrato de arrendamento do Terminal Portuário, focado principalmente na conversão da vocação do terminal, antes predominantemente de carga refrigerada, para carga geral e a granel.

Em 2023, a expectativa do Porto Ponta do Félix –  localizado em Antonina, litoral do Paraná –  é movimentar 2,5 milhões de toneladas de cargas,  65% a mais em comparação ao ano passado. O incremento vem acompanhado da diversificação nas operações e investimentos em infraestrutura. 

Neste início de ano, o Porto completou os investimentos em novas defensas marítimas, equipamentos que proporcionam mais segurança durante a atracação dos navios. As defensas servem para amortecer o impacto resultante do encontro entre um navio e a estrutura de atracação, reduzindo os riscos de avarias.

Elas são normalmente fabricadas com borracha de alta qualidade – conforme finalidade – e são instaladas com correntes de segurança e fixadas na parede do cais por âncoras de aço galvanizado ou inoxidável. 

O presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, explica que o modelo de defensas, instalado no Porto Ponta do Félix, é de alta qualidade, fazendo com que o atrito gerado entre a embarcação e a placa seja reduzido. “As melhorias devem atrair ainda mais navios para Antonina, pois trazem mais segurança às operações”, destaca Birkhan.

Ampliação 

Ao longo dos próximos meses, o Porto Ponta do Félix também contará com novos armazéns, que possibilitam o aumento de 85% da capacidade de armazenagem, passando de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas, de forma gradativa.

“O incremento da capacidade estática abre mercados em novos segmentos. Temos no cronograma das operações, por exemplo,  a cabotagem de trigo e importação de barrilha, que é um produto a base de sódio usado pela indústria para a produção de alimentos”, ressalta Birkhan. 

A ampliação vai oferecer também  mais espaço para o mercado de fertilizantes. Em 2022, segundo dados da Portos do Paraná,  foram importadas quase 10 milhões de toneladas do insumo pelos  portos de Paranaguá e Antonina. O volume representa 27,5% de tudo o que o país recebe em adubos.  “Os portos paranaenses são as principais portas de entrada dos fertilizantes no Brasil. Aumentando o espaço para armazenar o produto atendemos uma demanda dos nossos clientes”, finaliza Birkhan.

Cargas convencionais, como fertilizantes e açúcar ensacado continuam compondo grande parte da movimentação. Para 2022, a projeção é de 30% de aumento, especialmente com a expansão da infraestrutura do local. 

Para o diretor-presidente do Porto, Gilberto Birkhan, o crescimento do volume e da variedade de cargas dá ao terminal um novo patamar no estado.

“Antonina está trabalhando com novos tipos de carga, o que é algo inédito. Trabalhamos com sal, malte, trigo, pellet de cana de açúcar, pellet de madeira e alimento exportado para a Venezuela, todas cargas que não havia precedente de operação no Porto Ponta do Félix. Isso nos consolida como porto complementar e aliado do Porto de Paranaguá”, diz ele.

História – O Porto Ponta do Félix é uma empresa privada, concessionária do terminal portuário público multipropósito de Antonina – fundada em 1995.

A concessão se deu através de contrato de arrendamento outorgado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA.

Em 2000, foi inaugurado o cais de atracação e iniciou-se exportação de produtos refrigerados, produtos florestais e aço.

Em 2009, a FTS Par assumiu a gestão do Porto Ponta do Félix e iniciou uma nova fase nas diretrizes do contrato de arrendamento do Terminal Portuário, focado principalmente na conversão da vocação do terminal, antes predominantemente de carga refrigerada, para carga geral e granel.